Poupança: História e Funcionamento

Como estamos começando a falar dos tipos de investimentos mais simples, não seria possível prosseguir sem falar do investimento mais conhecido e usado por muitos brasileiros: a poupança. Pois então, vamos citar, primeiramente, alguns fatos importantes.

A poupança é uma das mais antigas aplicações no Brasil. Tão antiga que até escravos chegaram a aplicar nesse ativo. Ela foi criada ainda por Dom Pedro II, no ano de 1861. E desde sua criação até hoje, paga rendimentos de 6% ao ano. O objetivo da sua criação foi atender a faixa mais pobre da população brasileira.


A “correção monetária” passou a existir a partir de 1964, como maneira de defender a poupança da variação da inflação. Ela começou a pagar a correção somada da “taxa real” de 0,5% ao mês.

Na década de 80 (época de flutuação feroz da inflação) a correção monetária passou a ser diária, publicada pelo Banco Central.

Agora vamos à parte funcional:

A poupança pode ser aberta em qualquer banco, por qualquer pessoa. Basta levar os documentos básicos, ou seja, identidade, CPF e comprovante de residência.

A liquidez da poupança é total, ou seja, você poderá aplicar e resgatar o dinheiro em qualquer ocasião que desejar.

Existem algumas exigências com relação ao valor mínimo da aplicação de abertura (primeira aplicação). Esse valor mínimo varia de acordo com cada banco.

A poupança tem rendimento mensal, que é reajustado sempre na data de abertura. Essa data é denominada como “aniversário” da poupança.

Saber essa data é importante, por que no caso de um resgate, se for o caso da pessoa resgatar alguns dias antes do aniversário, é preferível esperar mais alguns dias e regatar após, pois assim o dinheiro já virá reajustado com os juros referentes aquele mês.

As regras da poupança foram alteradas em maio de 2012 e regem da seguinte forma:

Quando a taxa básica de juros (Selic) for igual ou inferior a 8,5% ao ano, a poupança renderá 70% da taxa Selic, mais a TR (Taxa Referencial). Quando a Selic for superior a 8,5%, a regra antiga, dita abaixo (mesma para os depósitos anteriores a maior de 2012):

Para quem fez depósitos antes de maior de 2012, a poupança respeita a regra antiga, que é render 0,5% ao mês, mais a variação da TR (medida diariamente e publicado pelo Banco Central).

Com relação aos riscos, a poupança é considerada uma aplicação de baixíssimo risco. O risco maior é o de falência do banco. Mas, nesse caso, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante o valor de até 250 mil reais.

Se a pessoa possuir um valor maior que esse na poupança, ela poderá perder a diferença no caso da falência do banco.

Não existem taxas para movimentação do dinheiro na aplicação e no resgate.

A poupança bate recordes de aplicação constantemente, ano após ano, mas isso é uma coisa boa?

Segundo alguns especialistas, ao comparar a rentabilidade da poupança com outras aplicações, também de baixo risco, vemos que o lucro da poupança é zero, e muitas vezes o dinheiro até perde valor quando aplicado nela. Isso devido a influência da nossa inflação.

Segundo esses especialistas, o recorde de aplicação da poupança é sempre superado devido a facilidade de aplicação, por parte de todos, e também devido a falta de educação financeira da população.

Por que aplicar em algo que dá pouco lucro, se podemos aplicar em algo tão seguro quanto a poupança, porém obtendo lucro maior?

Fica aí um questionamento para fomentar nosso desenvolvimento na educação financeira. O que não falta são boas oportunidades de investimento, é só pesquisar, ler, e ter a famosa iniciativa.

Falando mais diretamente, fica a recomendação: Saia da poupança!

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