O que vai render mais em 2019? Títulos de renda fixa ou ações?

Essa pergunta é tão difícil de responder quanto responder o que vai acontecer no futuro. Veja esse pequeno trecho do livro “Sapiens", do Yuval Noah Harari:

“Saímos da crise econômica global ou o pior ainda está por vir? A China continuará crescendo até se tornar a principal superpotência? Os EUA perderão sua hegemonia? (…) Estamos caminhando para um desastre ecológico ou para um paraíso tecnológico? Bons argumentos podem ser apresentados para corroborar qualquer um desses desfechos, mas não há como saber com certeza. Em algumas décadas, as pessoas vão olhar para trás e pensar que as respostas para todas essas perguntas eram óbvias."

Tanto os títulos públicos, apesar de serem classificados como renda fixa, quanto as ações, sofrem variações de valor de mercado de acordo com cenários políticos nacionais e internacionais.

Ou seja, fica praticamente impossível de prever qual das duas opções renderá mais lucro em 2019. O que existem são probabilidades baseadas em possibilidades de um bom governo, de um bom crescimento da economia, etc.

Analisando probabilidades e lucros, posso afirmar que as possibilidades de lucros maiores estão nas ações, na bolsa de valores.

Dentre os títulos públicos, temos títulos atrelados a Selic, ao IPCA (um dos principais indicadores da inflação) e os prefixados, que geram uma rentabilidade fixa, que são os mais arriscados. Embora se possa lucrar com esses títulos, eles têm uma característica muito mais marcante de manutenção, proteção e crescimento do patrimônio em um ritmo lento e constante.

Ao comprar ações, você está se tornando sócio de uma empresa e vai receber, proporcionalmente, parte dos lucros dessa empresa, seja por dividendos e juros sobre capital, seja pela valorização da cotação da empresa e seu valor patrimonial.

Colocando em uma balança ações e títulos, podemos questionar: qual dois dois oferecem maior possibilidade de valorização?

Respondendo com uma pergunta: Existe limite para crescimento de uma empresa?

Podemos concluir que, em termos de crescimento, uma empresa pode crescer muito mais do que os lucros de qualquer título público.

Logicamente, os riscos de se aplicar em ações são maiores. Nos investimentos os riscos andam sempre juntos com as possibilidades de rentabilidade. Quanto mais arriscado, mais chances existem de lucrar mais. Isso é uma regra geral, com pequenas variações.

Como, até hoje (24.01.2019), nosso governo tem sinalizado grandes chances de aprovação de reformas e privatizações, além do viés liberal na economia, o que é excelente para o crescimento, criação de novas empresas e empregos, posso dizer que em 2019 as possibilidades de lucros maiores está no mercado de ações.

Mas, como Yuval disse antes, tudo são possibilidades. Nunca se sabe se uma nova crise econômica pode surgir e mudar todo o cenário.

Uma maneira inteligente de se proteger das imprevisibilidades é diversificar seus investimentos. Uma proporção indicada pelo senso comum, empiricamente, é colocar 70% do seu capital aplicado em títulos de renda fixa e 30% em renda variável, como ações.

É indicado também colocar uma bem pequena parte em Ouro, Dólar e até Bitcoin.

Diversificação é SEGURANÇA!

Se você se interessou pelo citação do Yuval Noah Harari, recomendo a leitura do seu livro: "Sapiens: Uma breve história da humanidade".

É uma leitura muito leve e extremamente rica e interessante, apesar de não ser especificamente da área de finanças, economia ou finanças. Segue o link para o livro na Amazon:

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